Cirurgia para coluna é
indicada somente em 4 hipóteses: quando o tratamento conservador falha, quando
a dor é incapacitante, quando o paciente desenvolve alterações neurológicas
progressivas ou por opção do paciente.
Cirurgia pode acelerar o
alívio da dor, mas deixa sua marca sobre a integridade da coluna vertebral. A
dor pode ir embora, mas as estruturas ao redor do local da cirurgia podem
tornar-se dolorosas ou as estruturas do sítio cirúrgico em si podem tornar-se
dolorosas.
Muitas cirurgias da coluna
lombar para Hérnia de Disco Lombar, Espondilolistese ou Estenose
Vertebral podem acompanhar, além da remoção de alguma estrutura que
comprime a medula ou raiz nervosa, a colocação de algum pino, placa ou
dispositivo para substituição do disco intervertebral e estabilizar a coluna. A
intervenção cirúrgica, muitas vezes deixa as articulações adjacentes à área da
cirurgia excessivamente móveis e pode levar à degeneração ou hérnia de disco
dos segmentos vizinhos a cirurgia.
A colocação destes
dispositivos geralmente contra indicam a manipulação quiroprática e exigem
máximo cuidado por parte do quiropraxista no manejo dos pacientes com esta
condição.
A taxa de uma nova cirurgia
após uma primeira cirurgia é de 17-28% em 11 anos dependendo do tipo de
cirurgia1, e a cirurgia falha no alívio de dor em 10-40% dos casos2.
O tratamento quiroprático pode ser benéfico para pacientes que já realizaram
cirurgia da coluna e que não tiveram total alívio de dor pós cirurgia. É
teorizado que após o período de recuperação da cirurgia o paciente desenvolve
adesões das articulações, que podem ser removidas com procedimentos
quiropráticos.
Pacientes que realizaram
cirurgia na coluna e tem dispositivos na coluna como pinos e placas metálicas
devem ser submetidos a técnicas quiropráticas mais suaves. Uma abordagem quiroprática
conservadora com a técnica Flexão/Distração pode ser uma opção
bem-vinda.
A Eficácia do Tratamento Quiroprático para Dor
Persistente Pós Cirurgia:
Uma série de estudos de casos demonstram que o tratamento
quiroprático com a técnica Flexão/Distração em combinação com alguns
exercícios para recuperação da coluna se mostram eficientes para o alívio de
dor lombar e melhora das atividades dos pacientes3,4,5.
Em outro estudo 8 pacientes que foram submetidos a
cirurgia para hérnia de disco e que mantiveram dor residual pós cirúrgica foram
submetidos ao tratamento quiroprático. Em uma série de 1 a 10 atendimentos de
quiropraxia todos os pacientes apresentaram melhora no quadro de dor e melhora
no nível de atividades diárias6.
Um estudo recente demonstrou que 32 pacientes com quadro
de dor lombar que persistiu após cirurgia precisaram de uma média de 14
atendimentos quiropráticos em um período de 2 meses para ter uma melhora importante
no quadro de dor. A técnica quiroprática de Flexão/Distração se mostrou
segura e um ótimo recurso para alívio de dor para estes pacientes7.
Consulte o Quiropraxista Danilo Messa da
Silva para uma avaliação e plano de tratamento.
1. Martin BI, Mirza SK, Comstock BA, Gray DT, Kreuter W, Deyo RA.
Reoperation rates following lumbar spine surgery and the influence of spinal
fusion procedures. Spine 2007;32: 382-7.
2. Mekhail N, Wentzel DL, Freeman R, Quadri H. Counting the costs: case
management implications of spinal cord stimulation treatment for failed back
surgery syndrome. Prof Case Manag 2011;16:27-36.
3. Gluck NI. Passive care and active rehabilitation in a patient with
failed back surgery syndrome. J Manipulative Physiol Ther 1996;19:41-7.
4. Estadt GM. Chiropractic. Rehabilitative management of postsurgical
disc herniation: a retrospective case report. J Chiropr Med 2004;3:108-15.
5. Kruse R, Cambron JA. Cox decompression chiropractic manipulation of a
patient with post-surgical lumbar fusion: a case report. J Chiropr Med 2011
(in press).
6. O'Shaughnessy J, Drolet M, Roy JF, Descarreaux M. Chiropractic
management of patients post-disc arthroplasty: eight case reports. Chiropr
Osteopat 2010;18:7.
7. Ralph A. Kruse, Jerrilyn Cambron. Chiropractic Management of
Postsurgical Lumbar Spine Pain: A Retrospective Study of 32 Cases. Journal of
Manipulative and Physiological Therapeutics, Volume 34, Issue 6, July–August
2011, Pages 408-412
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